"Deus é a causa, o corpo o meio, e as ações os efeitos."
Uma das maiores descobertas de qualquer discípulo no caminho espiritual, sem dúvida, é a consciência das leis de causa, meio e efeito. É importante dizer que isto pode ser compreendido não somente através das leis do karma, pois também existe toda uma explicação e uma ciência universal neste contexto.
O ser humano, durante toda a sua vida, procura descobrir na existência razões, causas em que possa apoiar-se, buscando assim sua felicidade e realização. O grau de consciência de uma pessoa é que determina em que grau de discernimento, nitidez e visão ela poderá se identificar com a Causa Primeira de todas as coisas, ou seja, Deus, o nosso Criador Absoluto. É evidente que muitas pessoas não buscam a Deus em suas vidas, nem de forma consciente. Estão tão inconscientes, que é quase impossível penetrarmos na camada densa de ignorância que ela construiu em torno de si mesma, ao longo de inúmeras existências anteriores, pois tal estado de consciência não poderia derivar tão somente da encarnação atual. Quero me ater no entanto, exatamente aos buscadores da luz, aqueles que não somente acreditam em Deus e em sua força, como também o ouvem e procuram seguir a Sua orientação.
Os estágios de compreensão espiritual são muitos, durante a caminhada evolutiva. Muitas foram as diferentes visões da divindade, representações e símbolos pelos quais muitas culturas e civilizações antigas adoraram ao seu Deus Criador. Não houveram tantos erros, enganos e ilusões, mas muitas vezes faltou uma visão mais completa e um maior avanço espiritual, para se compreender a imensidão da divindade que rege a cada ser vivo e ao universo. As formas de se ver e entender a Deus, demonstravam exatamente em que grau de evolução se encontravam os seres humanos, em diversas épocas do passado. Houve quem acreditasse que Deus estava no relâmpago, no fogo, na Lua, no Sol ou nas Estrelas. Poucos, entretanto, puderam imaginar que Deus se encontrava em todos estes elementos, e também em todas as coisas que existem. Poucos puderam deduzir, entender e visualizar um Deus infinito e universal, que a tudo permeia, e se faz presente em cada partícula e dentro de cada partícula um novo universo surge dentro dele. A civilização humana, no entanto, evoluiu bastante com o passar do tempo. É sempre muito triste lembrar, mas não podemos nos esquecer que muitas vezes o sangue foi derramado em nome de um Deus preconceituoso, racista e discriminador. Muitas vezes, matou-se em nome de pessoas santas, como Jesus. Adorava-se Jesus, mas, será que Jesus nos ensinou a matar aos nossos irmãos? Infelizmente, equívocos como estes são de grande pesar para a humanidade, como consciência coletiva. Jesus, por muitos é tido como Deus e, portanto, adorado. A partir de Jesus surgiu a religião e a fé Cristã, a fé no Cristo e na sua volta no final dos tempos. Formou-se então, a religião tradicional que nós conhecemos hoje. Organizadas como hierarquias, milhões de igrejas e templos de fé foram erguidos ao longo dos tempos, até os dias atuais. Em nome de tais hierarquias e do seu poder, muitos abusos foram, e continuam sendo cometidos. Em nome de um Deus esquecido, ao qual poucos dão importância, enfatiza-se a ambição desmedida pelo poder e até mesmo pelo lucro financeiro, que podem gerar as inúmeras instituições religiosas ao redor do mundo. Poucos, muito poucos, são capazes de perceber o quanto enganam a si mesmos, à medida que pactuam com qualquer atividade deste tipo, seja como líderes religiosos, seja como parte do "rebanho". Em nome de um Deus que julgam ser universal e infinitamente bom, roga-se que os seres humanos esqueçam de suas próprias vidas para entregar-se à religião que seguem. Nós perguntamos, naturalmente: "que Deus é este, que obriga seus filhos a tomar este tipo de decisão?". É evidente que este Deus que adoram, não é o verdadeiro Deus universal e infinitamente bom. A ilusão é a causa, o corpo é o meio e as ações são o efeito. Deus não é a causa principal aqui, como se pode observar. Quantos, mundo afora, praticam a auto-condenação, o sacrifício próprio, e uma renúncia à própria vida que jamais poderá agradar a Deus? Quantos podem perceber, que Deus deseja que possamos viver em paz e plenitude com Ele? Infelizmente, são muito poucos. O efeito do sentimento de culpa, muitas vezes até influenciado pelas turbulentas conseqüências cármicas do passado, não pode ser alimentado pelas pessoas. A culpa não pode ser a nossa causa, pois seus efeitos não irão nos ajudar. Sabendo-se disto, porque então o mal é tão freqüentemente enfatizado, dá-se tanto poder a ele e um rendimento quase integral à sua frágil, ilusória e transitória natureza? Pois é preciso dizer, que aqueles que acreditam no mal, fazem deste mal o deus da sua vida. É a ele que adoram, e a que prestam culto, devoção e todo o seu respeito. É preciso dizer que nenhum mal nesta vida poderá ser maior que Deus. Para aqueles que crêem no mal e na sua força, fazem do mal a sua causa primeira, e isto, fatalmente, há de influenciar profundamente as suas vidas. Suas atitudes firmam-se e baseiam-se no mal, portanto, nada do que provier desta origem, poderá realizar um verdadeiro serviço a Deus, no sentido de espalhar o Seu amor e a Sua Luz.
É preciso descobrir, nas profundidades de nosso ser, a verdadeira causa que nos move e que nos faz viver neste universo. É preciso buscarmos, entendermos a origem de todas as coisas que existem. Cada pensamento, sentimento e ação provém de uma causa definida, e se locomove através de um determinado meio. O principal meio pelo qual as energias de causa e efeito fluem, é a mente humana. A mente é o principal meio intermediário pelo qual se pode transmitir os impulsos divinos, após o que, a ação poderá ser colocada em prática no plano físico. A mente, por sua vez, é a principal comandante-geral de todo o funcionamento do corpo, das reações do corpo emocional, e de todos os seus instrumentos mentais subordinados, que à ela trabalham. Estes instrumentos mentais são como espécies de sistemas de pensamentos, responsáveis pelo fluxo de determinadas energias pelo corpo e pela consciência. Estes instrumentos mentais, poderiam ser ainda denominados como características terrenas, facetas do ego humano, pelo qual as causas (divinas, egóicas ou enraizadas no mal) podem se manifestar na vida física de uma pessoa. Alguns destes instrumentos mentais, podem servir a Deus como também ao próprio ego, ou até mesmo para a execução de qualquer atividade negativa. Outros (a maioria), podem servir somente ao ego ou a propósitos inferiores, portanto, podem ser devidamente purificados, eliminados e depois completamente descartados pela consciência superior. Todos nós podemos e precisamos identificar quais são os instrumentos mentais, os meios pelos quais as causas manifestam seus efeitos, e podemos reprogramá-los, em grande parte, para que sirvam somente à Luz. Alguns precisam ser descartados necessariamente, como dissemos antes. Isto porque se estivermos de fato buscando a luz, a ascensão plena, faz-se necessária uma purificação integral de nossos instrumentos mentais. Nada que não sirva unicamente a luz, poderá continuar a atuar em nosso sistema mental. A idéia central de tudo isto é que, como seres plenamente purificados, possamos usar os nossos instrumentos mentais somente para o trabalho para a senda da luz. Conseqüentemente, todos os outros sistemas corporais também se purificam, já que a mente humana é a causa potencial de tudo o que o homem realiza na sociedade, seja para sua evolução espiritual, ou para a sua degradação moral e inversão de valores. Como conseqüência disto, nossas atitudes se tornarão impecáveis no sentido de fazer o bem, e jamais atenderão a qualquer apelo que não seja da Luz e do Eu Superior. Por isto a ciência da causa, meio e efeito é tão importante. A compreensão final deste assunto se dará quando, em plena consciência, for admitido que: Deus é a causa, o corpo o meio, e as ações os efeitos. O bom funcionamento do corpo, em grande parte, acontece em função de um bom funcionamento da mente. Por isso enfatizamos a mente, e não o corpo propriamente dito. Quando a mente humana for capaz de trabalhar integralmente para a causa de Deus, a causa divina e universal, então o efeito será a transformação de nossa humanidade. É essencial, portanto, compreender todo este assunto. Deus, a nossa causa, é imutável. Nós somos os intermediários da causa divina e, sem nós, o efeito da transformação da Terra não poderá acontecer. Precisamos despertar para o nosso valor e importância, como seres humanos encarnados neste momento planetário. Como operários e intermediários da Vontade de Deus, viemos para cá para realizar na Terra o advento do Cristo e da Nova Era. Precisamos, portanto, colaborar neste processo. A Luz Divina desce pura e clara sobre a Terra e seus habitantes, e é nossa tarefa canalizarmos estas energias e organizarmos suas freqüências, adaptá-las ao convívio terreno com nossos amigos, irmãos, familiares e pessoas conhecidas. Pouco a pouco, o mundo se transformará. Muito em breve, crescerá o número de seres humanos despertos para esta necessidade, e muitos então estarão canalizando corretamente as energias da Nova Era. Conseqüentemente, estarão também conduzindo corretamente o início da Nova Era. Este é o nosso caminho. O paraíso está à nossa frente, mas precisamos buscá-lo, realizá-lo em nosso santuário interno e, enfim, concretizarmos e consolidarmos esta nova realidade sobre o planeta Terra. O céu é o nosso destino, mas é também a nossa origem. Não viemos da Terra, estamos aqui apenas para experimentarmos as lições desta gloriosa e sagrada escola universal. Nosso retorno à origem só dependerá de nós mesmos. E posso dizer, em verdade, que a origem há de estabelecer-se sobre a própria face do planeta. Será realizado então, pelos próprios seres humanos, o paraíso na Terra.
Que o Pilar de Luz do Espírito Santo desça sobre cada um de nós, inspirando-nos a evoluir e a crescer rumo ao Criador, como eficientes instrumentos de Sua Vontade, para que se cumpra sobre a Terra o Plano Divino.
Tarólogo e espiritualista Lucas Lopes
![ÉTICAS DO ORACULISTA
É dever do oraculista (tarólogo) estar em bom estado físico, mental e espiritual, para que seja feita uma leitura respeitosa, tanto ao seu “cliente”, quanto ao seu instrumento de trabalho (o Tarot).
O ambiente onde será feita a leitura deverá estar previamente limpo, tanto físico, como energeticamente, a mesa de leitura deverá estar coberta por um lenço, pano ou toalha de mesa adequadamente preparada.
Devemos cancelar todas as consultas, caso não estejamos bem para fazê-las.
Não devemos cumprir agendas somente pensando nos ganhos, devemos lembrar que a principal função do tarólogo é auxiliar o ser humano a se encontrar. Os ganhos são, conseqüência do trabalho bem efetuado.
Sempre devemos receber algo em troca de nossa leitura, devemos lembrar que a leitura gratuita gera comodismo e dependência do “cliente”, e desgasta com a energia do leitor. Portanto por menor que seja este “ganho”, devemos recebê-lo, mesmo que depois você doe o que ganhou para uma entidade necessitada, tipo orfanato.
Devemos ser sinceros com nossos “clientes” avisando-os, que:
O Tarot não é verdade absoluta, mas sim, a possibilidade mais provável de que algo poderá acontecer, caso ele continue seguindo o caminho atual.
Nem o Tarot, nem o tarólogo vão mudar o rumo das coisas, ele apenas dirá, o que poderá acontecer. Quem muda ou não o rumo é o “cliente”. Podemos auxiliá-lo neste caminho, caso sejamos aptos a indicar Terapias e Conselhos práticos para que os mesmos consigam melhorar o seu caminho, lembrando que:
NÃO É OBRIGAÇÃO DO ORACULISTA DAR A SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS, A OBRIGAÇÃO É APENAS MOSTRÁ-LOS!
Enfim, sempre que trabalhamos com ética, ganhamos a confiança de nossos “clientes” e ganhamos pontos com os nossos mentores.
Um fraterno abraço,
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